Na mesma esquina
Úmida
De pedra
Dura
Olhou ao redor
Para seu mundo desabando
Pedra a pedra
Ela se juntou a ele
No desespero
Na dúvida
E inquietação
Dançaram e choraram
Lágrima a lágrima
Eles correram por entre os destroços
Recolhendo pedaços de suas vidas
Pulando os muros da proibição
Contornando cercas da vergonha
E sangraram
Gota a gota
Nada fora como os sonhos
Os anseios e profundos desejos
Nada fora uma primavera de bailes
Ou um verão de alegrias
E quando finalmente perceberam o mundo ao redor
Ele caiu
Pedaço a pedaço
E tentaram fugir
Se esconder
Daquilo que eles próprios haviam criado
Sonho a sonho
Fugindo daquilo que haviam construído
Construíram aquilo que os havia destruído
Escolhas
Pararam então
Sobre as ruínas de seus ideais
E tiveram que escolher caminhos
Vidas
Mundos
Para, quem sabe, destruí-los novamente
Excelente texto! Musical, elaborado!
ResponderExcluirBelíssimo lay-out do blog, parabéns!
Quando a gente espera muito da vida, a gente só perde muito na vida,
ResponderExcluire depois queremos recolher o que perdemos, mas perdemos mais ainda tentando recuperar o que ja foi perdido, e
adorei seu poema *-*
Quando leio ótimos poemas como esse, fico pensando em como a internet virou uma oportunidade de revelar ótimos escritores.
ResponderExcluirNossa que incrivel! adorei seu texto! da pra criar uma imagem, uma sonoridade a partir da leitura!
ResponderExcluirParabenss=]